As Fundações Nórdicas Da Europa

No meu último texto fiz uma análise dos povos Germânicos do início da era cristã no período romano, conjeturando o que seria a Magna Germania e sua história. Entretanto, é importante fazer um estudo sobre o que veio antes deste período, até onde se estende e em quais dimensões vão as origens dos povos Germânicos, desde muito tempo antes da era cristã, em um tempo em que as tribos Indo-Europeias tinham acabado de se instabilizar e começar a formar povos identitários mais fortes, fazendo assim distinções culturais mais claras e diversas entre si. O enfoque neste povo se deve ao fato de que eles estão e estiveram sempre no coração da Europa, a Alemanha é geograficamente e culturalmente o país mais expressivo e central do continente, sendo que sua influência se estende desde do norte português até os montes Urais russos, ou seja, passa de oeste à leste em toda a Europa, o que evidentemente deixou uma marca cravada em todo o território europeu.

Desde os tempos dos Neanderthais, que é o nativo da Europa, à mais ou menos 300.000 anos, houve uma formação cultural em que estes fizeram arte, música, criaram costumes e produziram até mesmo a linguagem; em tempos mais recentes temos os Indo-Europeus que surgiram em uma levada de 10.000 anos atrás surgindo já no período neolítico da história e com suas raízes indicadas em uma região no distante norte, ao qual temos como referência o nome de Hiperbórea; e mais recentemente até uns 3000 anos antes de cristo temos o surgimento dos povos atuais como os Germânicos, devido a diversas migrações desse povo hiperbóreo que desceram do distante norte até o que hoje identificamos como a Índia, esse povo executou migrações na direção do Ocidente, passando pelo que seria atualmente o Oriente Médio até se estabelecerem na Europa. Sendo eles denominados nos meios mainstream como Indo-Europeus, são em verdade os Arianos como identificávamos no passado.

Desde a última era do gelo, entre o sul da Suécia e centro-norte da Alemanha habitava o povo que viria a ser denominado como Nórdicos, eles vieram a se misturar com um outro povo de matiz europeia denominado em alemão Fälische (usarei o termo em alemão pela falta de um em português), dai então formou-se o povo Proto-Germânico que viria a levar a cultura nórdica em duas frentes diferentes, na Escandinávia e na Alemanha, e para o que hoje percebemos ser toda a Europa e algumas partes da Ásia incluindo sua parte mais meridional, na Índia; no entanto, esse processo foi inverso como supracitado, os Arianos não desceram da Europa para a Índia, mas o contrario, sendo esse motivo de se encontrar traços como o dos nativos europeus atuais em proporções degradantes conforme se anda o Leste para o Oeste. Os Gregos e Romanos do passado são um exemplo disso, pois a maioria dos imperadores do período áureo de Roma e os gregos Dóricos são descritos com feições geralmente atribuída aos nórdicos da atualidade.

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O povo Indo-Germânico era portanto um povo camponês, já sedentarizados dependendo muito da agricultura e da criação de animais como ovinos, suínos, caprinos e bovinos, sua expansão pelos territórios vizinhos propiciou uma troca de informações muito benéfica e ampla, o que ampliou os conhecimentos dos Nórdicos para outras populações europeias. Como um povo muito evoluído, existiam algumas atribuições de maior calibre em alguns pontos, além da agropecuária avançada para a época os Indo-Germânicos propiciaram também uma arquitetura muito mais avançada, a divisão da casa em cômodos pessoais, separação de cozinha, sala e quartos, e o uso de paredes e teto planos, no caso, possivelmente de madeira, são uma contribuição da cultura Indo-Germânica.

A superioridade desses povos também se estendia para os objetos, em questões artísticas seus vasos e ornamentos eram extremamente ricos em detalhes, formas e cores, podendo ser de bronze, prata ou ouro, atendendo sempre a demandas simbólicas; seus equipamentos eram dos melhores, sendo forjados machados de metal desde antes do período histórico Proto-Germânico, ainda dentro do período neolítico; e contando com adagas, lanças e escudos já de grande tecnologia para o período, ou seja, militarmente tinham os melhores equipamentos da terra, tendo em vista que até hoje a forja de metais é meio misteriosa para algumas tribos africanas assim como outros tipos de fenômenos culturais, que são comuns aos europeus, lhes são alheios.

No tocante aos sepultamentos há algumas considerações interessantes, os mortos eram colocados em montes de enterros (em inglês: Burial Mound) que serviriam como túmulos, as construções eram rudimentares feitas apenas de pedra e metal, algumas das pedras eram grandes e pesadas demais para um indivíduo apenas, o que indica que os túmulos eram feitos com a colaboração geral de toda a tribo, ou talvez de uma parcela considerável dela. Dentro deste assunto há também a questão da religião Indo-Germânica, pois os ritos de sepultamento têm seu significado simbólico atribuídos pela ética e transcendência religiosa, algo comum nas tradições pagãs eurasiáticas; havia ainda a questão das divindades e do politeísmo que vinha totalmente nulo de qualquer relação com as crenças abraâmicas (como se era esperado, pois nesta época os judeus estavam dando seus primeiros passos desajeitados pela Judeia).

A nordicização da Europa ocorreu de forma lenta e gradual, porém rápida se analisada no período, já que os Indo-Germânicos cavalgavam equinos, uma herança que vem desde os povos das estepes euroasiáticas, portanto, toda a disseminação de conhecimento e uniões étnicas e culturais ocorreram em andanças de tribos e caravanas. Desde a Índia nas proximidades da Ásia meridional, passando pelos Persas na Ásia menor, até os Celtas na península Ibérica, os Arianos tiveram sua influência, e tendo em vista que as culturas que seguiram esses cursos eram de origem Nórdica, o que nós temos hoje é um continente com suas raízes na cultura Ario-Germânica, tanto na questão cultural e social quanto racial, o que configura que a Europa de hoje foi moldada, principalmente, nas fundações da cultura Nórdica.

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