Magna Germania

A Germânia foi um território grandioso comandado por tribos com lideranças bárbaras (no sentido pagão) que se estendia do Reno até as estepes do que hoje seria a Russia; este território era composto por várias tribos propriamente germânicas, porém não só, foi em sua parte mais ao sul território compartilhado com os Celtas/Gauleses, e ao norte compartilhou território com os Bálticos. Entretanto, os germânicos se expandiram por toda a Europa, é sabido que foram desde, o que seria hoje, Portugal à Finlândia, perdendo assim o status geográfico da Germânia, porém não o cultural, e jamais o genético.

Dentro de seu território os componente eram vários, tinham diferenças intrigantes, mas no geral eram um povo extremamente unificado separando-se apenas em tribos, tribos estas que eram vastíssimas em suas divisões, com um número de tribos que supõe-se superar os milhares. Públio Cornélio Tácito, amplamente conhecido como Tacitus, foi um historiador romano que presenteou a posteridade com um livro chamado Germânia, é desta obra que podemos tirar tudo que se sabe sobre o povo germânico deste tempo, volta e meia Tacitus deixa escapar alguns julgamentos e avaliações sobre os germânicos do olhar Romano, na época formando o que viria a ser o conceito máximo de civilização.

A Cultura Germânica

Acharia interessante fazer uma espécie de separação para este tema, pois é diferente de tudo o que temos de relatos desta Idade do Ferro na Europa. Os habitantes da germania tinham um caráter extremamente voltado para si, eram uma população inatingida por qualquer tipo de degeneração a ponto de nunca terem, como relata Tacitus, se misturado com nenhum outro povo, demonstrando aversão à tal; são extremamente tradicionais, mantendo seus ritos (sempre pagãos no período) intocáveis e por vezes misteriosos (para Tacitus de fato eram misterioso, pois já em seu período a civilização romana contribuiu para o afastamento das tradições da Europa pagã).

Também são um povo que honra o patriarcado, os jovens desde muito cedo aprendem as artes da guerra e são treinados com perícia em armas, além de serem contra qualquer tipo de degeneração, as degenerações não abalam a estrutura de suas sociedades pois são rapidamente reprimidas, prostituição e homossexualidade não são práticas toleradas sendo punidas com a morte ou exílio, mulheres que cometem adultério são expostas à humilhação pública, mas todas essas práticas eram extremamente raras, o que não as isentava de serem punidas.

Suas vestimentas eram muito parecidas, os homens e as mulheres se separavam apenas por detalhes em suas vestes; o matrimônio era algo muito sério, as uniões eram sempre monogâmicas (havendo exceções que se desconhece a causa onde alguns dentre eles podiam conjeturar uma poligamia), por isso as severas penas ao adultério, pois não havia motivo, que não safadeza, para ser feita uma traição; tal como no mundo moderno, toda traição é por estímulo libidinoso herdado do marxismo cultural e das teorias freudianas da libido como bem absoluto da natureza humana.

Os povos germânicos viviam uma vida de castidade, já que não haviam demonstrações públicas de qualquer tipo de sensualidade, o corpo era respeitado e não visto apenas como forma de obtenção de prazer, o que fortifica os laços dos relacionamentos que se formavam, e uma vez feitos eram irreversíveis que não por um acordo consensual de afastamento entre o homem e a mulher, extremamente raro. Em última instância é valido citar que a ganância era desconhecida deles, os Vikings são conhecidos por fazerem pilhagens, porém os germânicos nada assim faziam, e se fizessem era por outros motivos que não luxuria e ganância, isso é registrado por preferirem a prata ao ouro por pura questão estética em várias situações.

Em suma, a Germânia Magna (que compreende todo o território de domínio dos povos germânicos) foi o maior tesouro que mesmo em uma época recente demonstra a magnanimidade dos europeus pré-cristianismo, pois nessa época este povo ainda era alheio também sobre o cristianismo, e também nunca souberam o que é, já que se dissolveram enquanto cultura por influência da civilização romana, deixando sua genética por todo o território europeu diluída ou conservada, à exemplo do primeiro caso na França, e do segundo caso na Escandinávia.

Britânia

Tacitus faz a narração em seu livro de Agricola (nome de seu padrasto) como era a Britânia, território o qual seu padrasto faz uma viagem ao mando do Imperador da época, trazendo assim relatos da geografia e do povo britânico os quais Tacitus nota, que por mais que estejam separados pelo mar do resto da Europa, receberam influências de outros povos europeus aos montes. Haviam ruivos, loiros e morenos, com diferentes cores de olhos e formas físicas, o que caracteriza uma intensa mistura de populações das raças europeias neste território.

Como digno de registro do período e do autor, deixo aqui nas palavras do próprio Tacitus a constatação: “Suas características físicas são várias e dessa conclusão deve ser citado. O cabelo ruivo e os longos membros dos habitantes da Caledônia apontam uma clara origem germânica. O complexo mais escurecido dos Siluros, seu cabelo usualmente encaracolado, e o fato de que os espanhóis são seus similares em outro território, são uma evidência de que houve influência Ibérica que haverá cruzado os mares até este território. Aqueles que estão mais próximos dos Gauleses se parecem mais com eles…”

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